Considerado pelo guia Lonely Planet — uma espécie de “Bíblia” dos viajantes — como um dos destinos de 2017, o Nepal é um dos países mais fascinantes do mundo. Além da oportunidade de conhecer variados atrativos turísticos, planejar uma viagem para Nepal é também a melhor maneira de ajudar o país a se reerguer.
Em 2015, o Nepal sofreu com um grande terremoto. Embora os prédios mais novos tenham aguentado o impacto, as construções antigas sofreram com os tremores. E existe maneira mais digna de auxiliar na reconstrução do país do que fazendo uma visita?
Como chegar?
A maneira mais segura de planejar uma viagem para Nepal é contratando uma operadora de turismo com expertise no país.
Normalmente, esse tipo de empresa possui acordos com operadoras locais. Ela fica responsável por cuidar dos detalhes da viagem, como traslados, aluguel de equipamentos e hospedagens.
Algumas empresas contam até com guias que falam português, o que pode ser um atrativo para quem não domina o inglês.
Não existem voos diretos do Brasil para Kathmandu, capital do Nepal. Normalmente, é necessários duas conexões antes que se possa desembarcar no país. Atualmente a opção mais direta e única que faz apenas uma troca de aviões é com a Qatar, via Doha.
Quando ir?
A melhor época para fazer uma viagem para Nepal é de outubro a maio, após as chuvas das monções. No inverno, entre os meses de dezembro e fevereiro, o frio impede que se avance muito alto nas montanhas. Os roteiros invernais devem se manter em regiões mais baixas.
O outono e a primavera são excelentes períodos para fazer caminhada. É quando ocorre os famosos trekkings para quem quer chegar aos pés de montanhas como o Everest e Annapurna.
O que fazer?
Absorver a cultura
Ao desembarcar no aeroporto de Kathmandu, seus cinco sentidos serão ativados. Mesmo depois de uma longa viagem, não tem como ficar imune aos sons das buzinas, cheiros novos e cores vibrantes pelas ruas. O prato principal, de nome Dalbat, se assemelha ao nosso tradicional arroz com feijão, sendo lentilha no lugar do feijão.
Logo nas primeiras horas na cidade, pode se notar a religiosidade deste povo, nos diversos templos espalhados pela cidade. Religiosidade que se faz presente também nas pessoas que seguem seu cotidiano fazendo orações, recitando mantras e queimando incensos. No Nepal, apesar quase 90% da população ser oficialmente hindu, ocorre um interessante sincretismo com o Budismo.
Thamel é o bairro turístico que oferece uma infinidade de lojas de artesanatos, restaurantes, bares, pousadas e hotéis. Também se encontram os famosos “bookshops”, com livros variados sobre costumes das diversas etnias que convivem no país, rotas de trekkings e belas fotografias de paisagens. Lojas para venda e locação de equipamentos de trekking também estão presentes por toda parte.
Trekking
O trekking é uma das atividades preferidas de quem visita o Nepal. Engana-se, porém, quem acredita que se trata de um esporte somente voltado para aqueles turistas com preparo físico de atleta.
Há atrações para todos os perfis de viajantes, inclusive pré-adolescentes. Entre as mais famosas, estão o trekking ao santuário Annapurna e ao campo base do Everest.
Aliás, mais do que uma atividade ao ar livre, o trekking é uma maneira de conhecer e compreender melhor o Nepal, o seu povo e a sua cultura. Quem quiser saber mais sobre esta atividade, pode assistir a uma palestra de 35 minutos específica para quem pretende viajar para Nepal com intenção de fazer trekking.
Palestra sobre trekking ao Campo Base do Everest com Jota Marincek
Rafting
Embora seja a opção mais conhecida quando se pensa no país, nem só de trekking vive o Nepal. O rio Sun Kosi, por exemplo, foi eleito pela revista National Geographic como um dos 10 melhores lugares do mundo para a prática de rafting.
Além desse passeio, o Nepal conta com outras excelentes opções para quem quer praticar rafting com segurança, com corredeiras para todos os níveis de praticantes, dos mais experientes aos novatos.
Safári
Dono de fauna e flora riquíssimas, o Nepal é o local perfeito para os amantes da natureza.
O Parque Nacional Chitwan é uma reserva de animais selvagens localizada ao sul, que encanta visitantes de todas as idades.
A área de preservação ambiental abriga animais raros, como o rinoceronte asiático e o tigre de bengala, além de elefantes e centenas de espécies de pássaros.
Principais pontos turísticos em uma viagem para Nepal
Kathmandu
Capital do país, a cidade é o ponto de chegada da maior parte dos turistas estrangeiros.
Ponto de apoio para quem vai ao Himalaia, Kathmandu conta com belíssimas atrações culturais. A convivência harmônica entre Budismo e hinduísmo faz com que se possa visitar um templo ao lado do outro.
Os templos budistas no Nepal se chamam Stupas e, além de possuírem elementos com diversos e belos significados espirituais, possuem uma curiosidade particular: São templos que não se entra dentro para rezar. As orações acontecem ao lado de fora.
Não deixe de visitar as Stupas de Bodnath e de Swayambhunath. Esta última é uma das mais reverenciadas pelos seguidores da filosofia e também pelos hindus. O local, que fica no topo de uma colina, é conhecido como Templo dos Macacos. Em uma ala do complexo, vive uma colônia desses animais, que são considerados sagrados.
Bhaktapur
Explorar as ruas estreitas dessa cidade com ares medievais, que fica a apenas 16 km de Kathmandu, é uma experiência que ficará para sempre na sua memória.
Um dos principais atrativos turísticos do Nepal, Bhaktapur sofreu danos com o terremoto de 2015, mas está sendo reconstruída sem perder o charme original. Um passeio por Bhaktapur é como uma viagem no tempo e o encanto é inevitável.
Gostou de saber um pouco mais sobre como planejar uma viagem para Nepal? Então aproveite para entender melhor por que o país é, mais do que nunca, um importante destino turístico conhecendo a experiência de um brasileiro que estava no Nepal durante o terremoto.
Fotos: Jota Marincek