Fazer turismo em Ruanda envolve muito mais do que conhecer os gorilas da região: você fará uma viagem só de ida, pois, definitivamente, será outra pessoa depois de passar por lá. O país, que tem seu nome manchado pela história, supera a cada dia os problemas do passado.
Você já deve ter ouvido falar sobre o local devido à fauna e à flora peculiares. Porém, há outras razões para visitar este pequeno paraíso na África — e isso se deve ao progresso verificado nas últimas duas décadas e ao esforço do governo ruandês em abrir novos destinos turísticos.
Quer descobrir 7 motivos para incluir Ruanda em sua próxima viagem? Continue a leitura!
1. O Parque dos Vulcões e seus gorilas
Não temos como dizer o contrário: esse ainda é um dos principais atrativos do país, já que Ruanda é um dos três lugares onde em que é possível observar alguns dos 880 gorilas da montanha que restam no mundo. Trata-se de uma experiência que marcará a sua vida para sempre.
O Parque dos Vulcões é um dos mais antigos de toda a África. Por isso, as visitas só podem ser feitas com guias, sendo que os grupos são de, no máximo, oito pessoas. Ou seja: você poderá aproveitar o passeio com calma e tranquilidade.
Os outros países que oferecem a mesma oportunidade — Uganda e República Democrática do Congo — são mais instáveis em termos de segurança. Além disso, o trekking que leva até os melhores pontos de observação é bem mais puxado.
2. A fauna do Parque Nacional de Akagera
O Parque Nacional Akagera é o lar de diversos elefantes e de uma das maiores populações de hipopótamos na África Oriental. A duas horas de Kigali, a capital de Ruanda, esse é um lugar espetacular por si só.
Muitos viajantes relatam que, de todos os safáris da África, as melhores observações da fauna local foram em Akagera. Além dos elefantes e hipopótamos, também é possível ver zebras correndo e desfrutando dos espaços abertos de estepe ao longo da área.
Em 1986, o parque recebeu 6 girafas Massai do Quênia, como forma de experimentar se a espécie se adaptaria ao local. Deu certo. Hoje, mais de 70 girafas vivem em Akagera, sem contar com as mais de 500 espécies diferentes de aves.
3. O renascimento do país
Ruanda é uma fênix entre as cidades turísticas do mundo. Em 1994, entre os meses de abril e julho, o mundo acompanhou o pior genocídio do nosso tempo: mais de 1 milhão de membros da população tutsi foi dizimado pelos hutus.
O período obscuro da história do país foi consequência da Guerra Civil que o assolou de 1990 a 1993. Na capital encontra-se o Centro Memorial do Genocídio, que faz qualquer um se emocionar ao perceber como aqueles foram tempos difíceis.
O lado positivo é que a nação superou o triste passado e vem se desenvolvendo mais e mais a cada ano. Desde a virada do século, a expectativa de vida subiu de 47 para 60 anos. Esse renascimento está estampado no rosto do ruandês, que é amável e, provavelmente, um dos povos mais bacanas de todo o continente.
4. A capital Kigali
“Eu vejo isso se repetir várias vezes: Kigali convida as pessoas a voltar. Eu chamo isso de ímã misterioso”, disse Charles Kizito, diretor do Centro de Arte de Ivuka. O centro é o local de encontro e disseminação da arte e da cultura do país.
E não é difícil entender o que Charles quer dizer. Mesmo estando no centro de Kigali, em 10 minutos você pode chegar a um vilarejo com um deslumbrante cenário montanhoso ao redor. Não é à toa que Ruanda é conhecida como “a terra de mil colinas”. Inclusive, um dos maiores hotéis da cidade leva justamente esse nome.
A cidade está sempre em movimento e segue rumo à modernidade, com muitos cafés, restaurantes e prédios modernos. Exemplo disso é a Biblioteca Pública de Kigali, a primeira inaugurada em todo o país.
Qualquer um pode desfrutar da incrível vista da região em um café localizado no topo do prédio que abriga a biblioteca. Já no Instituto de Artes, é possível fazer uma aula de Yego Yoga, uma modalidade inventada no país.
Além disso, há espaços de música e cinema pelo município. Mas um dos atrativos do país mexe com os nossos sentimentos de outra forma. Estamos falando da comida ruandesa, que veremos no próximo tópico.
5. A cena gastronômica
No início de 2016, a cena gastronômica ruandesa estreou no mundo pelas mãos da premiada chef Silvia Bianco. Desde então, a culinária do país tem se aperfeiçoado.
Alguns restaurantes investem na mistura de elementos tradicionais da região — como sambaza, um peixe local, e urwagawa, uma cerveja de banana fermentada — com métodos de preparo da culinária moderna. E o resultado não poderia ser mais interessante.
Vale a pena experimentar tanto os pratos locais quanto as releituras da cena gastronômica contemporânea. Além disso, Ruanda é um paraíso para os amantes da comida orgânica. As frutas e os vegetais do país não são transgênicos, afinal tudo é cultivado localmente.
6. O clima ameno
Não há um dia nublado em Ruanda, praticamente. O país conta com um verão eterno, pois é sempre ensolarado e tem uma média de temperatura de 23º C.
É esse clima que propicia o cultivo de tantas verduras e frutas, além de criar um lar confortável para os animais dos parques nacionais. Apesar de não ser banhada pelo mar, a região possui muitos rios e lagos, que, aliados à altitude do país, tornam seus dias muito agradáveis.
Mas a recomendação é: evite viajar para lá na época das chuvas — que ocorre entre os meses de março e maio. O período de seca, de junho a setembro, é o melhor para fazer turismo em Ruanda.
7. A segurança de fazer turismo em Ruanda
Enquanto aqueles que visitam a África subsaariana precisam tomar precauções quanto à água e, por vezes, à segurança pessoal, esses cuidados não são extremamente necessários em Ruanda.
O Ministério das Relações Exteriores avisa apenas para se precaver nas partes fronteiriças do país com a República Democrática do Congo e o Burundi, mas, fora isso, os relatos são de um baixo índice de violência. Quem viaja para a região não costuma ter problemas em relação à segurança pessoal ou à alimentação.
Além de todos esses motivos, o local é cenário de uma incrível diversidade de histórias. De um lado, está se tornando um hub em tecnologia no Leste Africano e, de outro, tem habitantes que usam motocicletas para jogar polo.
Como você pode notar, há muito a ser visto. Fazer turismo em Ruanda é vivenciar toda essa diversidade e ter a chance de conhecer uma cultura que está renascendo para o mundo. Para saber mais sobre o país e descobrir como concretizar uma viagem para lá, entre em contato conosco!