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Turismo no Butão

Turismo no Butão: conheça as atrações do reino da felicidade

O pequeno destino no Himalaia, situado entre a Índia e a China, é considerado o país mais feliz do mundo. A jornada aqui pode ser a mais inspiradora, misteriosa e transformadora da sua vida. Este país é um achado que vai ao encontro de diferentes anseios dos diversos viajantes que encontram no turismo Butão o que estavam procurando. 

O último reinado budista vivo, com uma paisagem tranquila, cheia de tradicionais fazendas, mosteiros e templos, monges com suas vestimentas típicas, bandeiras de oração e rios esverdeados que correm seus caminhos com presteza.

Mesmo com tanto a oferecer, o Butão é um destino pouco conhecido, mas que merece sua atenção. Pensando nisso, preparamos este post para apresentar a você um pouco mais sobre a cultura, as atrações turísticas e as principais curiosidades sobre esse país.

Também mostraremos os principais motivos pelos quais você deve fazer turismo no Butão. Tudo pronto para embarcar nessa leitura? Então vamos lá!

Onde fica o Reino do Butão?

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O Reino do Butão, nome oficial do país, tem em torno de 780 mil habitantes. Está encravado no Himalaia, faz fronteira com a China (norte) e com a Índia (sul, leste e oeste), e está separado do Nepal pelo estado indiano de Siquim. Sua maior cidade, a capital Thimphu, é cercada de montanhas e abriga a residência oficial do rei Je Khenpo, o Palácio Dechenchoeling.

A economia do país se baseia essencialmente na agricultura, na venda de energia hidroelétrica para os vizinhos indianos e na extração florestal. Além disso, a criação animal e o plantio de subsistência são os principais meios de vida para cerca de 90% da população. 

Cultura butanesa: tradições e costumes seculares

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Devido ao isolamento do resto do mundo até o início da década de 1960, a herança cultural rica e única do Butão permanece praticamente intacta, seja na língua natal, nas danças, na música, na gastronomia, nos esportes e até mesmo na forma de se vestir — as mulheres são sempre vistas trajando a Kira, cujo tecido é produzido manualmente, já os homens usam o Gho, uma espécie de quimono. 

Esses costumes e tradições têm uma forte ligação com o budismo e com o hinduísmo, sobretudo ao sul do país. Os butaneses valorizam mais o ser do que o ter. Eles não se importam em ter o smartphone mais descolado, o carro do ano ou uma televisão com qualidade de cinema, mas sim em encontrar um equilíbrio entre os bens materiais e espiritualidade. 

Além disso, a disseminação da tradição começa desde cedo nas escolas, nas quais crianças e jovens estão em contato com professores que frequentaram universidades públicas justamente para ensinar a cultura butanesa. 

Tradição e filosofia da felicidade

Como já mencionamos, o Butão é conhecido como o Reino da Felicidade, ao adotar uma filosofia que coloca a felicidade do povo acima dos índices econômicos — e isso, por si só já é um motivo para conhecê-lo, afinal, quem não deseja visitar um país no qual a maioria das pessoas é feliz? 

O país adota o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) como medida de desenvolvimento, em vez do Produto Interno Bruto. Esse conceito inspira os viajantes a refletirem sobre novas formas de bem-estar, tornando o turismo no Butão uma experiência transformadora.

A hospitalidade do povo butanês é outro diferencial. Quem visita o país tem a chance de mergulhar em tradições que permanecem vivas há séculos, como o uso de vestes típicas (gho e kira) e a prática constante da meditação.

A origem do conceito veio do 4º (e mais adorado) rei do Butão, Jigme Singye Wangchuck. Foi ele que desenvolveu uma proposta única no mundo, inserindo na constituição nacional o conceito de Felicidade Interna Bruta como um índice a ser medido em todo o país. Existe até um Ministério da Felicidade, que planeja o bem-estar de todos. 

Principais turísticos no Butão

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Viajar para esse país é mergulhar em um território repleto de espiritualidade, cultura e paisagens únicas. Entre montanhas majestosas, templos budistas e vilarejos preservados, o país reúne experiências que encantam viajantes em busca de conexão interior. 

A seguir, destacamos as principais atrações do turismo no Butão que tornam esse pequeno reino do Himalaia um destino inesquecível.

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Ninho do Tigre

O templo Taktshang Goemba (ou Ninho do Tigre) fica na cidade de Paro. Os butaneses afirmam que uma hora de meditação por lá equivale a três meses de meditação nos demais templos. Vale dizer que a ida ao local requer bastante fôlego: a trilha de 800 metros de ladeiras íngremes e escadarias dura cerca de 2h30min — tudo isso numa altitude de 2400 metros. Mas, quem já foi, garante que a recompensa vale a pena. 

Ao completar o percurso e chegar ao templo, os celulares e máquinas fotográficas devem ser trancados num armário junto com os sapatos. Dessa forma é possível absorver completamente toda a pureza e energia positiva do local, transportando-se para outra dimensão. 

Chimi Lhakhang

Templo construído em 1499, pelo lama Drukpa Kuenley, deus da fertilidade, também conhecido como divino homem louco. O guru seguia sua própria filosofia, que incluía bebidas e mulheres. Turistas e butaneses com problemas de fertilidade costumam visitar o templo para receber a benção do lama. 

Quem engravida deve voltar ao local com o filho e batizá-lo com o nome do deus. A principal representação do lama é um pênis. Sua imagem pode ser vista em todo o Butão, nas fachadas das casas e prédios comerciais. Acredita-se que a imagem protege os moradores da casa do mau e evita brigas na família.

Hospital de Medicina Tradicional

Fundado em 1988 é também conhecido como Instituto Nacional de Medicina Tradicional. Aqui funciona um enorme laboratório voltado para pesquisa e elaboração de medicamentos que se baseiam em ingredientes naturais como plantas, minerais, ervas e partes de animais. As receitas são preparadas de acordo com as práticas ancestrais. Além do laboratório, há também uma clínica para diagnóstico e tratamento tradicional, um pequeno museu e uma loja onde é possível comprar produtos como o Tsheringma, um tradicional chá de açafrão.

Biblioteca Nacional do Butão

Localizada na capital Thimphu, a biblioteca nacional conta com uma vasta coleção de textos antigos e manuscritos budistas, sendo o passeio ideal para quem tem interesse na parte histórica do país. 

O local é dividido em dois prédios: um de quatro andares, que abriga acervo totalmente na língua oficial do Butão; e outro com obras em língua inglesa. O melhor de tudo é que, além de entrar em contato com essas riquezas, também é possível admirar a bela arquitetura interna e externa de estilo butanês. 

Memorial Chorten

Uma das principais atrações da cidade de Thimpu, o Memorial Chorten (Chorten são pequenos templos, sem portas ou janelas, construídos para abrigar imagens de Buda e relíquias religiosas) foi construído em 1974 em memória do terceiro rei, Jigme Dorji Wangchuk, popularmente considerado como “pai do Butão moderno”. 

A construção com quatro andares é toda branca e tem arquitetura típica butanesa, com telhados trabalhados à mão. É um importante local de culto para a população de Thimpu e de outras cidades butanesas.

Escola de Artes e Artesanato

Esse é um passeio definitivamente interessante e repleto de cultura. Isso porque é na Escola de Artes e Artesanato, situada também em Thimphu, que os estudantes de todo o reino aprendem artes como tecelagem, bordado, desenho, pintura, escultura, entre outras. 

Muitas das peças que são encontradas nos mercados de artesanato são produzidas localmente, confeccionadas em madeira, metal, pedra, tecido, papel e até em bambu. E se engana quem pensa que tais itens são adquiridos apenas pelos turistas: a maioria dos produtos artesanais do Butão é feita pela população para uso próprio. Interessante, não?

Conheça mais sobre as atrações do Butão na aba “atrativos” do nosso pacote.

Curiosidades sobre o Reino do Butão

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Confira nos tópicos abaixo as principais e mais interessantes curiosidades sobre o Reino do Butão:

  • o Butão foi o primeiro país a banir, em 2004, o consumo público e a comercialização de cigarros. Uma quantidade limitada pode ser utilizada pelos turistas, mas de modo restrito e em locais privados;
  • a maconha cresce livremente para alimentar animais, que engordam melhor, dormem mais e permanecem mais calmos. Porém, o consumo pelos humanos é proibido e as leis são bem rígidas quanto a isso;
  • Thimphu é a única capital nacional que não possui aeroporto e a cidade de Paro abriga o único aeroporto internacional do país;
  • as portas para os visitantes de outros países se abriram somente em 1974, criando assim um cenário único em todo o mundo, podendo ser percebido no vestuário, nos costumes e na arquitetura;
  • os butaneses aceitam a poligamia e permitem relacionamentos homoafetivos;
  • o esporte nacional do Butão é o arco e flecha;
  • embora o idioma oficial seja o Dzongkha, nos setores turísticos o idioma inglês é bem disseminado;
  • a televisão só chegou ao Butão em 1999;
  • os monges ajudam os pais a nomearem seus filhos, relatam uma espécie de mapa astral do recém-nascido revelando segredos sobre suas vidas passadas e conquistas futuras. 

O que você precisa saber para viajar para o Butão

Escolher o Butão como destino é vivenciar uma viagem fora do comum: um país que une espiritualidade, natureza exuberante e uma cultura preservada, onde cada detalhe inspira bem-estar e autenticidade.

Culinária repleta de simbolismos e temperos

Os butaneses gostam de comidas apimentadas e a gastronomia do país é repleta de simbolismos e temperos. Eles comem com a mão, seguindo a regra da cultura indiana de nunca tocar a comida com a mão esquerda. Mas, não se preocupe: os turistas recebem talheres, caso não queiram se aventurar. 

Assim como no Camboja, o arroz é garantido em todas as refeições, inclusive no café da manhã. Também é servida carne de animais como galinha, vaca e porco, embora seja evitada por grande parte da população devido aos costumes budistas. 

Turismo guiado e imersão

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O turismo no Butão segue regras específicas, criadas para preservar a cultura local e garantir sustentabilidade. Até 2022, o país adotava a política de tarifa mínima de US$250 por dia, que incluía hospedagem, refeições, guia e traslados. 

Atualmente, essa regra foi substituída pela Sustainable Development Fee (SDF), uma taxa obrigatória de US$100 por pessoa/dia, válida até 2027. Esse valor não cobre hospedagem ou serviços, que devem ser contratados à parte por meio de operadoras credenciadas. 

Ainda assim, em muitos roteiros é obrigatório estar acompanhado por um guia autorizado, especialmente em visitas a monumentos e trilhas.

Os passeios guiados permitem que você conheça a cultura do país com riqueza de detalhes e o guia vai adaptando o roteiro conforme os seus interesses. 

Viu só como o turismo no Butão pode ser incrível? Com tantos atrativos, ele pode ser o destino da sua próxima viagem para conferir de perto tudo o que abordamos no artigo, absorvendo também a cultura e a tradição do Reino da Felicidade!

Pacotes de viagem para o Butão

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FAQ – Turismo no Butão

Onde fica o Butão?

O Butão está localizado no sul da Ásia, entre a Índia e a China, na região do Himalaia.

Como chegar ao Butão saindo do Brasil?

Não há voos diretos. A chegada é feita pelo aeroporto de Paro, com conexões a partir de Bangkok, Katmandu ou Nova Déli.

É preciso visto para viajar ao Butão?

Sim. O visto deve ser solicitado antecipadamente por meio de agências credenciadas. Além da taxa de emissão (US$40), é obrigatório pagar a Sustainable Development Fee (SDF) de US$100 por pessoa/dia (reduzida até 2027).

Qual a melhor época para visitar o Butão?

Primavera (março a maio) e outono (outubro a novembro).

O que fazer no Butão além dos mosteiros?

Participar de festivais culturais, explorar vilarejos tradicionais e fazer trilhas nos Himalaias.

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Jota Marincek

Viajante por natureza. Toda vida dedicada ao turismo de natureza e vivências em culturas exóticas. Formado em turismo (ECA - USP), fundou em 1992 a empresa especializada Venturas Viagens. Até hoje, aos 49 anos, acompanha grupos em viagens como, Tailândia, Vietnã, Camboja, Butão, Patagônia ou expedições ao Monte Roraima, trekking no Nepal entre outras. Em 2016 concebeu e criou o programa de vídeo-dicas "Conta Tudo e não esconde nada" , que disponibiliza conteúdo gratuito sobre turismo de natureza no canal Venturas Viagens no youtube.

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